terça-feira, dezembro 28, 2010

Palavras, apenas....

Hoje a minha amiga Fernanda disse que estávamos certas. E eu concordo com ela. Ela disse que estávamos certas nessa coisa de ser meio torta, meio a gente. E é difícil, pessoas. Como é. Dói. Cansa. Revolta. Mas a gente segue nossa existência tentando ser a gente mesmo e não um pastiche de pessoas. Cheias.... de idéias, de coragem, de trabalho, porque levar uma vida meio fora do comum dá uma trabalheira danada.

Tenho tentado me ocupar. Dias de muito trabalho. Seguido de dias de ócio. E eu não gosto do segundo. Já estou na metade de um livro. Vi um milhão de filmes. Fiz uma visita porque eu não tenho mesmo para onde ir. E fico divagando sobre situações dos filmes e revoltada, em alguns casos.

E quando não me sobra nada para fazer, inclusive jogar à exaustão o jogo do CSI eu me permito pensar em você, mocinho. Não me lembro se já te listei na minha listas de meninos. É que eu queria resolver essa coisa que existe na minha cabeça logo. Dizer que você foi, de longe, o melhor de 2010. E isso, considerando a minha nota alta de corte é um feito e tanto.

Tenho tendência a achar as pessoas estúpidas. E não me interessar por elas, a maior parte do tempo. Mas com você foi diferente. Foram as horas (talvez 12, não me lembro bem) mais longas da minha vida. Eu nunca esperei tanto por um beijo. Nunca participei de um jogo de tão alto nível. E olha que não sou dada a jogos. Prefiro viver e sangrar, a jogar e não ter o resultado disso.

Acho que nunca desejei alguém tão imediatamente como eu desejei você. Mas isso já ficou no passado e distante. E eu gostaria de deseja-lo mais e mais e mais, porque eu sou inteira e não gosto das coisas pela metade. E quando digo isso, é mesmo porque gosto de todas elas bem resolvidas e ditas. É assim que funciona para mim, não deve ser para você, mas enfim... eu gostaria de dizer, de sorrir ou de sangrar.

Sim. Eu sou dada a hipérboles também. E isso tudo pode não passar de uma historinha super criativa da minha cabeça regada à fantasia e contos de horror. Mas eu gostaria de pegar, falar sentir, sorver, tudo novamente e até o fim. Nem que por uma noite apenas, ou por toda a vida ou por quanto tempo merecermos. Mas não há de ser tão pouco quanto a outra noite. E há de ser por inteiro. Por favor!

Mas eu também sei como essas coisas funcionam. E se eu fico pedindo respostas a você ou ao universo, provavelmente eu devo recebe-las de maneira silenciosa, como você vem agindo. Nenhuma palavra... zero... deve ser isso à resposta dos céus aos meus anseios de vê-lo de novo ao meu lado e sentir seu lábio doce colado ao meu lábio.

Não queria terminar o ano com essa história mal resolvida na minha cabeça. Há também a possibilidade de que esse problema só exista dentro dela. Mas eu gostaria de te dizer tudo isso. E continuar sendo eu. Eloqüente. Mas eu. Torta. Mas eu. Eu e com você do meu lado.

Pode ser Sr. 2011?

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Colo


Minha mãe sempre me diz coisas como: não chute o pau da barraca antes de conversar e tals, mas ela mesma é uma grande chutadora de paus de barraca e daí onde devo me espelhar?!?! affff!!!

Hoje eu não faço a menor idéia de onde é que foi parar a porra da minha sanidade. Mas em algum lugar ela deve estar, afinal, se bem me lembro, em outros carnavais, vivenciando uma situação como a de agora, eu já teria mandado tudo pro inferno, com direito a passagem só de ida e choros abissais no dia seguinte. Mas estou controlada.

Não, não me sinto salva. Não me sinto menos dolorida do que ontem, mas o fato de ter conseguido dormir sem dar aquele pontapé final foi bom pra mim. Evitou uma grande dor de cabeça nesta quinta-feira. Mas até quando me manterei sã o suficiente pra segurar na unha a vontade de ir lá, gritar com ele, sacudir seus ombros e não mais implorar por uma declaração ou uma simples demonstração calorosa de afeto?