quarta-feira, novembro 17, 2010

Ele, Eu e Um dos outros

E você ainda faz questão de agir como se o erro fosse meu. Como se eu fosse a maior causadora dos males da humanidade. Sua hipocresia está fazendo crescer uma ferida de desolação tão grande em mim, que daqui a pouco não serei mais de mim. Serei apenas uma resposta pronta às tuas grandes malcriações. Se o ser humano tivesse alguma consciência real do mal que pode causar a outros...

***

Mas... E quanto a mim? como fico no meio de tanto moralismo imposto por mim? Eu?? Sim, você mesma, Camila, dona da verdade absoluta, que grita ao telefone... confesse teus deslizes irrecuperáveis e veremos se há salvação. Você age como ele. Não cobre tanto e não use essas desculpas pra cometer seus pequenos delitos fantasiados de vingancinha barata.

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Já o outro... quanta decepção! Fico espantada por ainda decepcionar-me. Quantos tapas na cara terei que tomar pra finalmente perceber o quanto ele não merece nem 5 minutos da minha atenção? Preciso levar quantos ainda? Meu Deus! O espanto é por perceber o quanto ele pode ser cruel, de novo. Quando acho que já vi de tudo, vem ele e me mostra mais uma das suas odiosas faces. Me faz engolir mais um de seus gostos amargos. Tá, eu sei. Tais condutas não deveriam me causar nenhum espanto, não mesmo. Mas causam. Bom, pelo menos meu consolo é que apenas me espanto e não mais me machuco.

***

"Essa noite não vou te abandonar
Encostado
Com os pés enroscados
Aos pés da mesma mesa
Que um dia te serviu
Quando outro amor partiu

Nem precisa se explicar
O seu prato tá feito
Pra quando você chegar
E chorar, e deitar
Depois se lamentar no meu peito"

A Porta
Meg Stock



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